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domingo, 27 de setembro de 2009

Ateísmo- uma perspectiva demasiado racional

Na minha óptica a racionalização da fé é uma espada de dois gumes. Se por um lado é saudável e natural que os cristãos sintam a sua fé como um todo irracional e, lá está, racional, fazendo muitas vezes uso desta última perspectiva para alcançar não-crentes, por outro lado o pensamento lógico é utilizado como maior arma do ateísmo de hoje em dia.
1- É um facto que o ateísmo ganha terreno. Os media, por exemplo, dão muita atenção a argumentos que rejeitem religião. Podemos assistir a isso na maior cobertura que exíste por parte da comunicação-social aos partidos políticos de esquerda, apoiantes em muitos casos de medidas que vão contra os princípios bíblicos que são, essencialmente, os defendidos pelo cristão. A essência do ateísmo é, basicamente, não acreditar em nada que seja inconveniente aos nossos ouvidos. Claro que não acreditar forçosamente em nada é mais suspeito do que acreditar em alguma coisa, mas a posição dos nossos amigos ateus é, convenhamos, de mais leve aceitação. Embora Jesus nos possa carregar os fardos, numa vida cristã existem lutas e regras, e as lutas não podem ser vencidas violando as regras estabelecidas. Coisa que um ateu, por exemplo, teria o prazer de fazer. Nada mais comum hoje em dia do que, por exemplo, denegrir a imagem de um colega de trabalho para conseguir o seu posto.
2 - É um facto que os argumentos do ateísmo são lógicos à luz das novas teorias científicas que hoje são quase impostas às crianças nas escolas (um tema que talvez ainda aborde numa outra oportunidade). Mas também devemos ter em conta que muitas dessas teorias não são ainda leis, e, como tal, não deviam ser ensinadas como não havendo "outras teorias credíveis para a origem do universo", por exemplo, e citando aqui um livro escolar meu. Os métodos ateus são agressivos e, muitas vezes, demagógicos. Com os media do seu lado é difícil encontrar contra-argumentos, mas eles existem. Para a questão do evolucionismo existe um palestrante excelente e bastante acessível ( na medida em que quem quiser eu empresto o dvd) e que já passou pela Marinha Grande, O Adauto Lourenço.
3 - É e deve ser um facto que a maioria dos cristãos se recusam a pactuar com o ateísmo e a criar assim "teorias a meio-termo", que são híbridos entre a fé cristã e as crenças ateístas. Uma sondagem nos EUA, por exemplo, demonstrou que a população estaria mais reticente em eleger um presidente ateu do que negro, judeu ou de etnia árabe. Isto deve ser uma imagem de força para nós.
Num mundo pós-moderno a lógica é sempre relativa. Os nossos argumentos lógicos têm menos valor até que os dos outros, porque a visão ateísta do mundo é imposta a todos os cidadão à nascença. Resta-nos procurar a parte emocional das pessoas, que tem um grande buraco no meio. Sem Jesus, a vida não é completa, e isso é válido para qualquer era em que vivamos.

2 comentários:

  1. Grande amigo, a política não terá assim tanto a ver para o caso.
    Em relação aos ateus eu penso que cada vez eles perdem mais caminho, eu diria que não há ateus, há pessoas que não querem crer que Deus existe, ou simplesmente não querem saber de Deus, a esses eu chamaria mais agnósticos.
    Achei este link interessante para este assunto desfruta bem.
    Abraço
    Zé http://www.wayofthemaster.com/evolution.shtml

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  2. Bom início! Vens cheio de gás! Foste a tantos assuntos. Vou escolher só um (ou pelo menos, um de cada vez) para comentar, o da importância da racionalidade para a fé.

    É mesmo importante que a nossa fé cresça tanto numa base emocional como numa base racional. Porque se a base do nosso crescimento espiritual for a Bíblia, ela fala-nos em ambos os sentidos. Tanto dá ênfase ao nosso relacionamento com Deus (vamos chamar-lhe parte emocional) como à veracidade e exclusividade de Deus (vamos chamar-lhe parte racional). Tanto recebemos instruções para orar a Deus, como explicações lógicas sobre que Deus é e o que Ele faz. Quando Jesus se afirma a Verdade, ou o único caminho, o desafio que nos é lançado é muito mais do que simplesmente emocional. Penso que não nos cabe apostar numa das duas vertentes em particular, mesmo que num dado momento da história isso pareça mais propício a conseguir algo de bom.

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