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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reunião para avaliação e planeamento

No próximo sábado, vamos fazer reunião, para falarmos sobre o que gostaríamos de fazer neste ano. Venham vocês e as vossas ideias.

Sábado, dia 16 de Outubro, às 21:00 na igreja.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um grande acontecimento

La nota de cumplimiento aparece primero con Juan el Bautista. Su mensage es: "Arrepentíos, porque el reino de los cielos se ha acercado". El mismo es un profeta en quien se está cumpliendo la profecía de Isaías 40:3: es la "voz del que clama en el desierto: Preparad el camino del Señor, enderezad sus veredas". Es, en efecto, el precursor mesiánico cuyo ministerio Marcos describe como "principio del Evangelio de Jesucristo" (Mr. 1:1), precisamento porque Juan el Bautista es el primero en anunciar que Dios está a punto de actuar, para salvación y juicio, por medio de "Uno que viene" (Mt. 3:7-12; Lc. 3:16-18) El está en el límite entre la era da la promessa y la era del cumplimiento: "La ley y los profetas eran hasta Juam; desde entonces el reino de Dios es anunciado..." (Lc. 16:16).
El Evangelio Hoy, Carlos Rene Padilla, 1975.

É nisto que eu creio, que num espaço de trinta e poucos anos tudo se resolveu. Penso que hoje não há nada que se compare a isto. O teaser do filme dos Transformers saiu um ano antes da estreia do filme, mas repito, nada que se compare a isto. Um povo, geração sobre geração, à espera do cumprimento de uma promessa. Ou seja, que milhões de pessoas viveram afectados pela pergunta "será que eu vou poder assistir ao cumprimento da promessa?", e que na hora da morte, só puderam esperar que talvez os seus filhos tivessem essa sorte. E não estamos aqui a falar apenas do maior e melhor espectáculo do Universo, mas da chegada da única resposta possível aos problemas e perguntas do Homem.
Há cometas que visitam a nossa galáxia de milhares em milhares de anos, mas a vida, morte e ressurreição de Jesus só aconteceram e só acontecerão dessa única vez, numa victória num só acto por xeque-mate, com consequências sobre toda a história. Quando João Baptista começou o seu ministério, sugerindo fortemente que as expectativas antigas estariam para se cumprir naquela geração de pessoas, só consigo imaginar que alguma sensação especial invadisse o coração das pessoas, que nem animais à espera do primeiro abanão de um terremoto.
Nós, os de hoje e desde há um tempo para cá, não tivémos o privilégio de assistir ao "limite entre a era da promessa e a era do cumprimento". Ao lermos a Bíblia, lemos o relato do que já aconteceu e podemos saltar as páginas, não temos de esperar. A imagem que me vem à mente é que nos resta contruir um filme. O enredo é rígido e vem escrito na Bíblia. O tom, o cenário e os personagens, vão sendo enriquecidos à medida que lemos a Bíblia e reparamos nos pormenores; quando Jesus nos fala e finalmente nos reconhecemos neste leproso, naquela prostituta ou no outro fariseu; quando acrescentamos dados históricos, através de livros, filmes, etc., e percebemos quem eram aquelas pessoas e aquela cultura, e percebemos que podíamos ser nós na nossa cultura; que tudo o Jesus disse, fez e é, continua a fazer todo o sentido. Em todo este processo, acredito que o guionista é o criativo Espírito Santo, que nos redime a atenção, os gostos, a inteligência.

sábado, 9 de outubro de 2010

Comer, Orar, Amar


Fui ver o Comer, Orar, Amar com alguma curiosidade. Será que o Orar (que surpreendentemente, não foi traduzido para Rezar) era sobre a oração que os cristãos conhecem e praticam? (eu pensava que havia boas probabilidades, já que o enredo é baseado numa história real) E o Amar, qual era o tipo? E... Comer?!
O filme é sobre uma ecritora, Liz Gilbert, que se vê entalada no seu casamento esgotado e sem esperança, e presa a uma apatia crescente. Com o divórcio em marcha, Liz estabelece um plano a três tempos, uma espécie de jornada espiritual, para recuperar a alegria de viver. Comer em Itália, 'espiritualizar' na Índia, e conclusão em Bali, Indonésia.
E afinal, ela orou mesmo? Uma vez, no pico da seu sofrimento com o casamento, em que desnorteada e quebrantada, em lágrimas, confessa a Deus que se sente perdida, não sabe o que fazer, e que anseia uma resposta. Eventualmente, ela parece receber uma, e é a partir daí que ela dá a guinada que a sua vida precisava. Depois disso, tudo é procura de auto-satisfação, auto-ajuda, espiritualiade oriental, bem-estar. Liz não se converte a nada. A sua experiência espiritual só lhe proporcionou as ferramentas para atingir mais eficientemente aquilo (a mundanidade) que sempre desejou – bem-estar e um relacionamento com um homem.
Penso que também devemos ser críticos com o detalhe importante de todas estas coisas acontecerem em férias, e não na rotina do dia-a-dia. Momentos de interrupção são essenciais para poder pensar no que é importante afastando o assessório, para descansar, para reparar nos pormenores, para dedicar a Deus um tempo mais generoso nossa devoção por Ele. No entanto, o que acontece nestas interrupções deve de alguma forma estender-se aos tempos mais rotineiros, ou terão sido apenas tempos de escape. E este filme pode passar a ideia de que um tempo de escape pode ser uma forma de solucionar problemas. E no caso de Liz, o que aconteceu no regresso a casa, o essencial da questão, fica em aberto para o espectador.
Este filme é o nosso tempo. É isto que todos pensam e/ou fazem. Em termos de media, é isto que Oprah Winfrey apoia. É importante estarmos minimamente a par, e sabermos o que diríamos a Liz Gilbert.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Rocha

Há em muitos cristãos um vazio na sua orientação sobre a ecologia e o cuidado da Criação, ou então, um espaço preenchido por teologia superficial e simplista ("para quê preservar a Natureza, se é para irmos todos para o Céu, enquanto tudo o resto fica para arder?"). Levanto a questão, ao apresentar o livro que relata os primeiros dias d'A Rocha, uma associação cristã de defesa do ambiente.
O livro fala de todo o processo em que o casal Peter (o autor do livro) e Miranda Harris sentem-se chamados por Deus para começar um trabalho de observação de pássaros na Ria do Alvor, ultrapassando diversas dificuldades e dúvidas, até aos dias de hoje, em que a Rocha está a trabalhar em vários países. Peter debate-se durante todo o livro (ou seja, na sua vida, desde que a ideia surgiu até pô-la em prática) com a plausibilidade de uma associação cristã dedicar-se a algo aparentemente tão pouco importante como observar, contar e anilhar pássaros. Nas suas reflexões, em que a Bíblia é o lugar onde as respostas foram procuradas, foi encontrando as indicações para acreditar naquele trabalho, sendo confirmado pelos frutos produzidos e pela forma como as dificuldades materiais foram sendo ultrapassadas. As barreiras culturais, dos ingleses que vêm preservar a natureza para o rectângulo mais turístico de Portugal, também ocupam uma parte significativa do livro.
A forma que A Rocha tomou foi a de uma família hospitaleira, em que o afecto pela Natureza reúne pessoas em acções de conservação ambiental, criando o espaço para o testemunho cristão e a partilha do Evangelho, sendo uma influência para os habitantes da Cruzinha, e uma forma efectiva de cuidar da Criação. Este livro uma inspiração para nos lembrar que o Evangelho também transforma a nossa relação com Criação.